A cirurgia ortognática é uma modalidade de tratamento bem estabelecida para corrigir as deformidades dentofaciais moderadas e severas, de modo a facilitar a terapia ortodôntica de má-oclusão.

A conduta de tratamento visa atender a cinco princípios:

ortognatica

As deformidades dentofaciais podem, frequentemente, ser tratadas por procedimentos isolados na maxila ou mandíbula. Em razão das anormalidades poderem ocorrer em ambos os ossos, maxila e mandíbula, a correção geralmente requer a combinação de procedimentos cirúrgicos.

As deformidades dentofaciais podem ser classificadas, de acordo com a alteração óssea, em:

  • Deficiência ou excesso vertical de maxila
  • Deficiência transversal de maxila
  • Deficiência ou excesso ântero-posterior de maxila
  • Deficiência ou excesso ântero-posterior de mandíbula
  • Assimetria mandibular
  • Deficiência ou excesso ântero-posterior de mento
  • Mordida aberta anterior
  • Combinação dessas deformidades

As principais técnicas cirúrgicas para correção de deformidades dento-faciais são:

  • Osteotomia da maxila tipo LeFort I
  • Osteotomia sagital do ramo mandibular
  • Mentoplastia
  • Expansão rápida de maxila

A preparação do paciente inclui o tratamento ortodôntico, controle de problemas sistêmicos, avaliação laboratorial (exames pré-operatórios), e, muitas vezes, preparação psicológica – levando em conta a mudança estética que o procedimento proporciona.
O pós-operatório – como todo procedimento cirúrgico – exige cuidados especiais:

  • Alimentação completamente líquida e fria nos primeiros dias
  • Gelo nas primeiras 48 horas
  • Compressa morna (após as primeiras 48 horas)
  • Manter a cabeceira da cama elevada em 45º
  • Retornos periódicos ao Cirurgião responsável






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Autor: Katheleen Miranda dos Santos

Referências

  1. Araújo A. Cirurgia Ortognática. 1 ed. São Paulo: Santos; 1999, 113-130.
  2. Araújo I, Scariot R, Rebellato N, et al., Cirurgia ortognática combinada maxilomandibular para correção de deformidade dentofacial – Relato de Caso. Revista. Dens., v. 15, n. 2, p. 121-6, 2007.
  3. Ellis III, E.; Zide M. Acessos Cirúrgicos ao Esqueleto Facial. 2ª ed., São Paulo:Ed. Santos, 2006.
  4. Miloro, M. et al. Principles of oral maxillofacial surgery. Second ediction. Canadá Bc Decker, 2004.
  5. Peterson LJ, Ellis E, Hupp E, Hupp JR, Tucker MR. Cirurgia oral e maxillofacial contemporânea. 4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
  6. Proffit WR, Turvey TA, PhIllips C. The hierarchy of stability and predictability in orthognathic surgery with rigid fixation: an update and extension. Head Face Med 2007; 3: 21-22.
  7. Quinn P. D. Color Atlas of Temporal Mandibular Joint Surgery. 1ª  , Mosby. 1997.
  8. Scariot R, Oliveira IA, Costa DJ, Rebellato NLB, Muller PR. Fratura inadequada em cirurgia ortognática de avanço mandibular: Relato de caso. Rev bras cir traumatol buco-maxilo-fac 2007; 4:294-9

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