A coroa total metálica (CTM) é uma coroa protética confeccionada apenas em metal, evolvendo as 5 faces do preparo. Apesar de sua conhecida desvantagem estética, a coroa total metálica têm alta empregabilidade no meio clínico, são essas:

Retentor de prótese fixa: O preparo da CTM é menos invasivo que o preparo de uma coroa total em metalo-cerâmica, danificando minimamente a estrutura pilar que irá suportar a ponte protética.

Retentor e suporte para prótese parcial removível (PPR): Sua resistência torna-se uma ótima opção para apoio de PPRs.

Espaço oclusal reduzido: Na odontologia, o desgaste em elementos dentários com espaço oclusal reduzido, traz riscos à saúde pulpar e à futura retenção e estabilidade da peça protética, logo, a CTM é indicada, pois é necessário pouco desgaste do preparo.


Pacientes com parafunções: É altamente indicado para pacientes que possuem parafunções, como o bruxismo ou apertamento dental, pois a CTM quando colocada nos elementos dentários posteriores, servem como suporte para que as próteses anteriores estéticas não sejam danificadas.

A grande vantagem da coroa total metálica (CTM) é a necessidade do pouco desgaste do preparo (1,2mm oclusal e 0,6mm nas axiais) e é o método mais conservador quando se trata de próteses totais fixas. Tem alta resistência e é pouco friável, logo, pouca possibilidade de fratura, porém a estética é uma desvantagem da coroa total metálica.

Em casos de coroas clínicas curtas, a utilização de canaletas no preparo, auxiliam na retenção da prótese e o término do preparo é sempre em chanferete.

Sequência Clínica:
Utilizamos a técnica da silhueta modificada.

  • Aprofundamento do sulco oclusal principal: Estabelecer a profundidade de desgaste na superfície oclusal. Em todo o sulco oclusal principal no sentido mésio-distal com broca 1013, com aproximadamente 1,2 mm de profundidade (Todo o diâmetro da broca).
  • Sulcos de orientação: Vestibular, Lingual e Oclusal: Estabelecer a profundidade de desgaste nas superfícies vestibular, lingual e oclusal. Primeiramente apenas na metade a ser desgastada (Silhueta), com broca 2214/3215, Paralela em relação à superfície à ser preparada. Deve-se respeitar as 2 inclinações, fundamentais nos princípios de preparo para prótese fixa.
  • Desgastes Proximais: Proteger o dente vizinho com matriz de aço e proceder o preparo em 2 etapas: 1ª com broca 2200 para romper o ponto de contato e criar espaço para a broca seguinte; 2ª com broca 2214/3215, aproximadamente 0,6 mm de profundidade (1/2 broca), com a broca paralela em relação à superfície à ser preparada. Respeitar a área do col (papila).
  • Preparo Subgengival e acabamento: Quando necessário o preparo pode ser levado para o interior do sulco gengival em 0,5 mm. Brocas 2214/3215; 3113 e/ou 2136. No final do preparo a cúspide funcional deve ser reduzida em 1,5mm e cúspide não funcional reduzida em 1,2mm, pois toda cúspide funcional deve ter um desgaste maior em relação à cúspide não funcional e o término em chanferete (cuidado para não confeccionar o famoso “cabo de guarda-chuva” decorrente do aprofundamento demasiado da broca no termino do preparo).

Conteúdo retirado da aula da Prof Moira Leão, Universidade Positivo.

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