Os dentes anteriores, num episódio de trauma dental, são os primeiros a serem atingidos. O que favorece são a sua posição e localização na arcada dentária. 

Trauma

Estruturas envolvidas

Esmalte

Ligamento periodontal

Dentina

Osso

Polpa

Tecidos moles

 

Classificação

Traumatismo dos tecidos duros dentais e da polpa

  • Fratura incompleta de esmalte (trinca)
  • Fratura de esmalte
  • Fratura de esmalte-dentina (fratura coronária não-complicada)
  • Fratura coronária complicada (polpa)
  • Fratura corono-radicular não-complicada
  • Fratura corono-radicular complicada (raiz, coroa e polpa)
  • Fratura radicular

 

Traumatismo dos tecidos periodontais

  • Concussão (pequena mobilidade)
  • Subluxação (pequena mobilidade sem sangramento)
  • Luxação extrusiva
  • Luxação lateral
  • Luxação intrusiva
  • Avulsão (perda do dente)

 

Traumatismo do osso de sustentação

  • Fratura da parede vestibular ou lingual da cavidade alveolar
  • Fratura do processo alveolar com ou sem o envolvimento do alvéolo dental
  • Fratura da mandíbula ou da maxila com ou sem o envolvimento do alvéolo dental

 

Traumatismo da gengiva ou mucosa oral

  • Laceração
  • Contusão
  • Abrasão

 

Etiologia

Acidentes de forma geral → automobilístico


Agressão física


Esporte


Quedas



Epidemiologia

Sexo: masculino é o mais atingido
Mais comum: jovens
Picos: 2 a 4 anos e de 8 a 10

Maior incidência de trauma dental envolvendo os dentes anteriores
Mais da metade dos traumatismos dentais envolvem incisivos centrais
Fratura coronária mais frequente


Medidas para prevenção do trauma dental

→ Plano de tratamento

Exame clinico –  4 etapas

  1. Anamnese (como, quando, onde ocorreu o acidente)
  2. Exame de tecidos moles e duros
  3. Exame físico loco regional intra-bucal
  • Inspeção;
  • Palpação;
  • Percussão;
  • Mobilidade dentária;
  • Teste de sensibilidade (-20° C)

4. Exame complementar radiográfico
 

Plano de tratamento

  • Tipo de fratura
  • Fragmento dental
  • Idade do paciente
  • Grau de envolvimento da raiz
  • Remanescente dental

– qualidade
– quantidade

  • Oclusão
  • Tempo e recurso do paciente

 

Considerar também:

Fator emocional:  estado psicológico do paciente e a ansiedade dos pais.
Vitalidade dental: quadro pulpar e/ou periodontal indefinido.
Plano de tratamento: de acordo com o tipo de fratura
Obs: fraturas em esmalte raramente prejudicam a função ou a estética

Opções de tratamento

  1. Controle
  2. Restauração adesiva direta com resina composta
  3. Colagem do fragmento

 

Tratamento conservador da polpa

  • Capeamento pulpar (soro → pó de cimento de hidróxido de cálcio → cimento)
  • Curetagem pulpar
  • Pulpotomia → exposição (começo de sintomas dolorosos)

 

Fatores a serem considerados 
 

Dor

Sangramento

Idade

Tempo de exposição pulpar

Tamanho da exposição

 
 

Pacientes jovens (exposição pulpar)
→ manter vitalidade;
→ formação completa da raiz;
Associação de fraturas coronárias e luxação → necrose pulpar

Colagem de fragmento dentário

Colagem autógena

Colagem homógena

Dentes vitais

Dentes não vitais

 

Colagem mediata

Colagem imediata

 

Vantagens

  • Efeito psicológico positivo sobre o paciente
  • Tratamento conservador
  • Estética
  • Manutenção da função
  • Técnica simples e segura

 

Desvantagens

  • Diferença de cor
  • Possibilidade de mau posicionamento
  •  Deslocamento do fragmento
  • Linha de fratura evidente

Estar preparado para uma situação de emergência é fundamental para que você obtenha sucesso em situações de trauma.

Espero que esse conteúdo tenha feito a diferença na sua vida acadêmica e profissional.

1 comentário

  1. O site está cada vez melhor, mesmo!! adorei o conteúdo novo, auxilia demais para os estudos, Parabéns!

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