ABC: manobra diagnóstica para verificar o estado em que a vítima se encontra. Passe na desobstrução da s vias aéreas, verificação da respiração e da circulação. Ao fim do ABC podemos ter três tipos de diagnósticos:

  1. Com respiração e com circulação: apenas uma síncope (desmaio). O paciente deve ser colocado em decúbito lateral.
  2. Com circulação e sem respiração: parada respiratória. Deve ser administrada 1 ventilação a cada 5 segundos até que volte a respiração. Se voltar, deve ser colocado em decúbito lateral.
  3. Sem circulação e sem respiração: parada cardiorespiratória. O paciente deve ser submetido a reanimação cardio-pulmonar (RCP).

ABC
* Lembre que antes da síncope temos a lipotímia (mal estar pré-sincope).





Para a RCP, deve-se ajoelhar ao lado da vítima. Fazer duas ventilações de 2 segundos cada. Dois dedos acima do processo xifóide, fazer 30 compressões com o peso do corpo sobre as duas mãos sobrepostas. A cada 30 compressões, 2 ventilações. Completando-se 4 ciclos, reavaliar os sinais vitais.

O que muda para lactantes e crianças é que as compressões devem ser feitas com 2 ou 3 dedos, em 1/3 ou ½ do tórax, 1 dedo abaixo da linha imaginária que une os mamilos. Faz-se 15 compressões e 2 ventilações, de 1 segundo cada. Reavalia-se os sinais vitais a cada 4 ciclos.

Os sinais vitais, freqüência cardíaca, respiratória, pressão arterial e temperatura (só no caso de infecção) devem ser avaliadas na 1ª consulta, após anamnese, para que se tenha os valores basais. É neles que o cirurgião dentista deve se basear nas próximas consultas, quando novamente avaliar os sinais vitais. Lembrando que o manguito deve estar 2 a 3 dedos acima da fossa antecubital. O primeiro ruído escutado pelo estetoscópio refere-se à pressão sistólica, e o último a diastólica. O esfignomanômetro deve ser inflado até 180-200mmHg.

SBV (Suporte Básico de Vida), refere-se à assistência da ventilação e circulação:

  1. Acessar a vítima
  2. Chamar socorro
  3. RCP precoce
  4. Desfibrilação única precoce
  5. Encaminhamento para tratamento avançado

OBS: para crianças e lactentes pede-se socorro após o RCP
– 100 compressões por minuto até a chegada do resgate
Glicemia normal: 70 a 89 mg/dL
Pressão limítrofe para atendimento: 150/100mmHg
Oxigenoterapia só quando o paciente está respirando (10 a 15L/min).

Dados padrões

  • FC: 60 a 100 batimentos por min
  • FR: 12 a 20 respirações por minuto
  • PAs: 90-140 mmHg
  • PAd: 60-90 mmHg

* avaliação do pulso de uma crinaça durante um ABC é feita na artéria braquial

Lipotímia
É um quadro de alteração de consciência, geralmente relacionado a uma reação de medo e ansiedade frente ao atendimento odontológico. Não leva a perda total da consciência. Quando isso acontece, considera-se como síncope. Os sinais e a sintomatologia observada são: sensação de desfalecimento, mal-estar, suores, palidez, visão turva, etc.

O protocolo de atendimento para um paciente que entra em lipotímia é:

  • Parar o tratamento e remover tudo da boca
  • Posicionar o paciente em decúbito dorsal e com os pés, preferencialmente, elevados
  • Administrar oxigênio (3-5L/min) até o retorno ou a chegada do socorro
  • Medir sinais vitais e comparar com os valores basais.

Síncope
É a perda de consciência repentina e momentânea, com a presença dos sinais vitais, apesar destes estarem deprimidos. Portando, para diferenciar a síncope de outras patologias que geram a perda da consciência, deve-se medir os sinais vitais e comparar com os valores basais.

O protocolo de atendimento é:

  • teste de responsividade
  • chamar por socorro
  • manobras do ABC
  • medir sinais vitais e compará-los com os sinais basais
  • manter o paciente em oxigenoterapia até retorno ou até a chegada do socorro avançado (10-15 L/min).

Ressalta-se que tanto a lipotímia como a síncope são reações frente à fatores emocionais ou não (falta de alimentação, exaustão física, hipovolemia); consideradas como reações vaso-vagais ou vasodepressora. Estas comandam, através da liberação da adrenalina e conseqüentemente da vasoconstrição,a irrigação sanguínea para a periferia, causando depleção de sangue/oxigênio no cérebro (hipóxia cerebral parcial).

A sintomatologia é idêntica, náusea, vômito, palidez, suor, turvamento da visão, etc. elas
Outras reações também podem provocar lipotímia/síncope:

  • pressionamento do seio carotídeo: comum em idosos)
  • insuficiência vértebro-basal: hiperextensão da cabeça
  • arritmias cardíacas

Hipoglicemia aguda
Refere-se a diminuição brusca da glicemia, levando o indivíduo a perda da consciência. O diagnóstico diferencial é feito através de medição da glicemia. Nos casos de hipoglicemia aguda, encontra-se abaixo de 70 mg/dL (sendo que o normal é de 70-99 mg/dL). Pode ser causado por interações medicamentosas, pelo estresse, jejum prolongado, e outros. Nesses casos, administra-se um açúcar, para o retorno rápido, e um outro carboidrato, para a manutenção da glicemia normal.Pode provocar tetania muscular.Se o paciente perder a consciência, deve-se embeber uma gaze com substância açucarada, amarrá-la e colocá-la embaixo da língua. Em casos severos e avançados, o paciente pode apresentar hipotermia e convulsões.

Hipotensão ortostática ou postural
Quadro semelhante ao da lipotímia e ou síncope, que pode levar a perda da consciência. Refere-se à queda brusca da pressão arterial pela mudança do decúbito. Não provém de uma reação vaso-vagal. Deve-se retornar a cadeira, principalmente, em procedimentos invasivos, devagar. Ansiolíticos e sedativos potencializam a hipotensão. Pode ocorre a deficiência do controle da pressão arterial, retorno venoso deficiente, gravidez (útero gravídico pressiona a veia cava inferior).

Hiperventilação
Em casos de estresse, ou outros fatores, o paciente pode entrar em quadro de hiperventilação. Que se refere ao aumento da freqüência (taquipnéia) e da profundidade respiratória, entretanto, com eficiência diminuída da expiração. Assim, o sangue se torna supersaturada em relação ao oxigênio e com diminuição da pCo². O organismo entra em um quadro de alcalose respiratória. Para o retorno, o paciente de ser mantido sentado e tranqüilizado, e respirando ar saturado em gás carbônico até o retorno. Há sensação de sufocamento e apertamento no peito.  Se, pela hiperventilação, o paciente desmaiar, então se administra oxigênio, uma vez que os valores basais diminuíram. A freqüência respiratória normal é de 12 a 15 mov. Respiratórios/min.

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