A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença granulomatosa crônica e progressiva, que afeta pulmões, mucosa bucal e nasal e tecidos adjacentes, com freqüente disseminação para linfonodos, adrenais e outros órgãos.

Agente causal:Paracoccidioides brasiliensis (Blastomyces brasiliensis); Blastomicose tegumentar sulamericana.

Transmissão: inalação do fungo presente nos vegetais e poeira.

Características

  • Maior prevalência em homens (15:1) 30 a 80 anos, trabalhador área rural endêmica.
  • Estrógenos apresentam ação inibitória sobre o esporo do fungo.
  • Raro em crianças e adolescentes.
  • Maioria das infecções são subclínicas.
  • Doença polimórfica, severa e progressiva.



Principais sintomas

  • Febre
  • Fraqueza
  • Perda de peso
  • Mal estar generalizado
  • Perda de fôlego
  • Tosse com catarro
  • Escarro com sangramento
  • Dor no peito
  • Envolvimento da mucosa
  • Ulcerações dolorosas na boca e nariz;
  • Disfagia, disfonia e perda dentária.
  • Lesões cutâneas.
  • Linfadenopatia.
  • Malnutrição e anemia.

Características Clínicas
Lesões na mucosa: infiltradas, ulceradas, envolvendo lábios, gengiva, língua, palato, nariz, laringe e faringe. Lesões de aspecto moriforme, deixam cicatrizes.

Fatores de risco associados

  • Tabagismo
  • Trabalho na agricultura (mo. isolado do solo e depósitos de grãos)
  • Alcoolismo
  • Hospedeiro imunocomprometido (AIDS)

Diagnóstico

  • Radiografia de pulmão na doença ativa: áreas radiopacas nodulares confluentes e condensadas, bilaterais e simétricas (asa de borboleta).
  • Biópsia incisional – histopatológico: células com aparência de leme de navio ou mickey mouse.

Tratamento

  • Cuidados de suporte
  • Corrigir a anemia.
  • Cuidar da dieta.
  • Repouso.
  • Tratamento antifúngico e com Sulfonamidas (sulfametoxazol) ou Anfotericina B.
  • Sulfametoxazol + trimetroprin
  • Cetoconazol ou Itraconazol
  • Anfotericina B, para casos graves.

Diagnóstico Diferencial

  • Histoplasmose
  • Leishmaniose
  • Lepra
  • Linfoma
  • Sífilis
  • Tuberculosis
  • Câncer

A possibilidade de envolvimento do pulmão, lesões ósseas e outros órgãos, torna prudente o encaminhamento do paciente ao médico infectologista para atuação conjunta no caso.

Conteúdo retirado da aula da Profª Ana Paula Ribeiro Braosi
Imagem: http://residenciamedicapatologia.blogspot.com.br/2010/06/blog-post_16.html

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