As restaurações com amálgama já não são tão utilizadas na pratica clínica, mas existem algumas universidades que ainda ensinam essas técnicas, afinal, em alguns lugares com atendimento público (postos de saúde, centros de atendimento) faz-se o uso desse material.

E é para vocês que estamos aqui!

Preparamos um post de Classe I e Classe II, já que as restaurações com esse material são utilizadas em região posterior. Vamos lá?

Protocolo de Preparo
O protocolo para a confecção de um preparo que vai receber uma restauração de amálgama, têm algumas peculiaridades e características específicas para receber esse tipo de material, que o diferem de preparos que recebem resinas compostas. Diferente das resinas, o amálgama tem adesão mecânica, ou seja, fica retido através das angulações convergentes para oclusal das paredes do órgão dental.






  • Paredes vestibular e lingual convergentes para oclusal, proporcionando auto-retentividade. As paredes mesial e distal devem ser levemente divergentes, pela orientação dos prismas de esmalte.
  • Paredes vestibular e lingual da caixa proximal convergente para oclusal e divergente para proximal, também seguindo a orientação dos prismas. Para a retenção da cavidade no sentido proximal, deve-se realizar sulcos nos ângulos axio-vestibular e axio-lingual.
  • Todos os ângulos internos arredondados, evitando concentração de forças e facilitando a condensação do material.
  • Parede pulpar plana, mas seguindo a característica morfológica, para não expor os cornos pulpares
  • Realizar curva reversa de hollemback na vestibular
  • Istmo inter-cuspídeo o menor possível, diminuindo a tendência de separação das cúspides. Esta tendência é denominada de efeito cunha, produzida pela decomposição de forças vertical aplicadas sobre uma plano inclinado (vertente triturante). Este efeito é potencializado em dentes com estruturas perdidas e em pré-molares.
  • Realizar núcleos de preenchimento adesivos em cavidades profundas, evitando a síndrome do dente trincado. Esta síndrome corrresponde a presença de trincas sob a resturação do amálgama, justamente pela recorrência do efeito de cunha. Estas trincas, promvem estímulos álgicos quando a restauração é submetida a pressão (alivia quando a pressão cessa). Com o tempo, pode levar a uma inflamação irreversível e, posteriormente, à uma necrose pulpar.
  • A profundidade mínima é de 2mm, uma vez que o amalgma é friável frente a forças de tração e compressão.
  • Irregularidades devem ser removidas com cortantes manuais
  • Ângulo cavossuperficial nítido.
  • Parede axial de mesmo comprimento que a caixa oclusal, promovendo estabilidade e equilíbrio de forças (evita o efeito alavanca).

Pronto, agora é só revisar e praticar! Bom trabalho!

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