Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, que em decorrência de lesão tecidual verdadeira ou potencial ou descrita em termos desta lesão (International Association for the Study of Pain).
Fisiopatologia da Dor
Estímulos > Ativam Nociceptores > Reação Inflamatória > Liberação de mediadores químicos e inflamatórios > Hiperestasia ou Hiperalgesia Primária
Estímulo Nociceptivo
Dor
- Sensação Subjetiva
- Intensidade da dor
Anamnese
→ Avaliar condição emocional e ter uma boa percepção, levando em consideração todas as queixas do paciente, pois existem graus variados de dor em diferentes indivíduos.
Nocicepção
- Conjunto das percepções de dor que somos capazes de distinguir
- Atividade do sistema nervoso aferente induzida por estímulos nocivos
Causas de dor orofacial (exemplos)
Causas Locais | Causas Neurológicas | Causas Vasculares | Causas Psicogênicas |
Lesões em dentes ou tecidos de sustentação | Neuralgia do Trigêmio | Hemicrânia | Dor facial atípica |
Classificação da Dor
- Critérios Temporais
– Aguda e Crônica
- Critérios Topográficos
– Localizada e Generalizada
– Tegumentar e Visceral
- Critérios Fisiopatológicos
– Orgânica e Psicogênica
- Intensidade
– Leve, moderada e intensa
- Periodicidade
– Continua, intermitente, esporádica
Dor Nociceptiva
Resulta na ativação mecânica, térmica ou química de receptores eferentes Nociceptivos. Pode ser:
- Somática: bem localizada. Envolve patologia da pele, músculos, fáscia e osso;
- Visceral: mal localizada, pode ser referida para regiões somáticas superficiais e envolve condições patológicas dos tecidos viscerais profundos.
Dor Neuropática
Surge em decorrência de atividade somatossensorial aberrante no SNP ou SNC. Caracteriza-se por dor pulsátil paroxística ou dor semelhante ao choque elétrico, freqüentemente com a sensação de queimação ou constrição.
Dor Psicogênica
É a dor menos tratável por ser emocional e está é uma dor extremamente incapacitante, por gerar estimulo apenas a um simples toque de dedo sobre a pele.
Dor Aguda
Possui causa conhecida, costuma desaparecer com o processo de cura e apresenta parâmetro final previsível. Altera sinais vitais: associada a ansiedade, aumento da FR e do pulso.
Dor Crônica
Duração de mais de 3 a 6 meses. Os pacientes não apresentam reatividade fisiológica.
– Avaliação da Dor
Princípios gerais no tratamento da dor
- Identificar origem da dor, bem como intensidade;
- Eliminar dor com o tratamento específico da condição indutora da dor;
- Se o tratamento for sintomático, iniciar com analgésicos mais potentes e com menores efeitos adversos;
- Não postergar o uso de analgésico em presença de casos dolorosos intensos;
- Utilizar esquemas de administração apropriados para o tempo adequado;
- Reconhecer doses equianalgésicas dos diferentes representantes;
- Na falha terapêutica utilizar doses máximas do agente escolhido antes da substituição;
- Usar a seqüência de analgésicos: não-opióides → associação de opióides e não-opióides → opióides;
- Monitorar efeitos adversos;
- Não usar placebo para diagnosticar dor psicogênica.
Seleção de analgésicos
- Causa da dor e sua intensidade;
- Posologia: via de administração, dose, freqüência;
Analgesia: ausência de dor/ controle da dor;
Anestesia: perda de sensibilidade e/ou perda de consciência.
Os anestésicos são mais benéficos se o profissional proceder a uma monitoração freqüente do alivio da dor e do aparecimento dos efeitos adversos, bem como ao ajuste do esquema, quando necessário, para otimizar o tratamento.