A absorção faz parte farmacocinética, ou seja, é um dos processos que ocorre após a administração de um medicamento.

Ela consiste na transferência do fármaco desde seu local de aplicação até a corrente circulatória. É processo que influencia o inicio e a magnitude de efeito dos fármacos, sendo um dos determinantes da escolha de vias de administração e doses. Se um fármaco é inadequadamente absorvido, seus efeitos sistêmicos inexistem

Para isso, separamos as 7 formas de absorção de um medicamento:

1. ABSORÇÃO ORAL

Suco gástrico → esvaziamento gástrico → duodeno → circulação porta → fígado → circulação sistêmica.

A absorção de fármacos lipossolúveis aumenta com a ingestão de alimentos ricos em gorduras. O aumento do pH do suco gástrico dificulta a absorção de ácidos fracos no estômago. Retardo e aceleração do esvaziamento gástrico, afeta a velocidade de absorção nos primeiros segmentos intestinais.

2. ABSORÇÃO RETAL

Pode ser errática ou incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal aumentada.

3. ABSORÇÃO CUTÂNEA

É muito lenta e ineficaz para a maioria dos fármacos, pois a pele integra funciona como barreira.

4. ABSORÇÃO POR VIA RESPIRATÓRIA 

A grande área absortiva (que se estende da mucosa nasal ao epitélio alveolar), a vascularização praticamente justaposta às membranas e o rico fluxo sanguíneo justificam o alcance de picos séricos tão precoces como os obtidos com a via intravenosa

5. ABSORÇÃO INTRAMUSCULAR

Geralmente rápida, havendo pronto início dos efeitos terapêuticos

6. ABSORÇÃO SUBCUTÂNEA E SUBMUCOSA 

Rápida, pois o fármaco só necessita ultrapassar as células endoteliais para chegar à corrente circulatória. O fluxo sanguíneo é o maior determinante da velocidade de absorção.

7. ABSORÇÃO INTRAPERITONEAL 

Rápida, por envolver superfície ampla e ricamente vascularizada.

 

Referências

Farmacologia Clínica Para Dentistas, Wannmacher 3a Edição 2007.

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