O Nervo Alveolar Inferior é um ramo do nervo mandibular, que é o terceiro ramo (V3) do quinto par craniano, o nervo trigêmio. Inerva os dentes incisivos, caninos, pré-molares e molares inferiores. Ele se subdivide em ramos: nervo mentual/mentoniano, incisivo, bucal, aurículo temporal e lingual. Em alguns casos o nervo alveolar inferior cruza a linha mediana, inervando estruturas do lado oposto.
Características
Terceiro ramo do nervo trigêmio
Trajeto nervoso:
Forame oval → forame da mandíbula → canal da mandíbula → trabécula óssea → ramos incisivos
→ nervos bucal, lingual e milo-hióide
Abrangência do nervo
- Nervo alveolar inferior: polpas dentárias de molares até 2 pré de uma hemiarcada inferior
- Ramos incisivos: polpas dentárias de 1º pré até incisivo central de uma hemiarcada inferior
- Nervo milo-hióide: assoalho bucal, músculo respectivo e ventre anterior do músculo digástrico.
- Nervo lingual: gengiva lingual, sensibilidade geral nos 2/3 anteriores da língua
- Nervo bucal: gengiva vestibular do 2º pré até molares.
Tipo de técnica: troncular ou loco-regional
Descrição da técnica
– Direta
- Controle da microbiota.
- Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
- Anestesia loco terminal superficial (tópico)
- Palpar borda anterior do ramo ascendente da mandíbula com o dedo indicador oposto, procurando deixar a face radial do dedo paralela ao plano oclusal
- Direção da agulha guiada pela comissura labial do lado oposto, estando o corpo da agulha forçando a comissura para trás.
- Introdução da agulha entre o ligamento esfenomandibular/ prega pterigopalatina e a borda óssea, até chegar ao sulco mandibular, o qual se encontra aproximadamente 1 cm acima do plano oclusal. A seringa ficará perpendicular com a face interna do osso mandibular.
- Injeção da solução anestésica (em torno de 1 minuto, pressionando o êmbolo concomitantemente ao trajeto da agulha).
– Indireta
- Controle da microbiota.
- Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
- Anestesia loco terminal superficial (tópico)
- Palpar borda anterior do ramo ascendente da mandíbula com o dedo indicador oposto, procurando deixar a face radial do dedo paralela ao plano oclusal
- Direção da agulha em relação aos pré-molares do lado oposto.
- Introdução da agulha entre o ligamento esfenomandibular/ prega pterigopalatina e a borda óssea, até chegar ao sulco mandibular, o qual se encontra aproximadamente 1 cm acima do plano oclusal. A seringa ficará perpendicular com a face interna do osso mandibular.
- Injeção da solução anestésica (em torno de 1 minuto, pressionando o êmbolo concomitantemente ao trajeto da agulha).
Tipo de agulha: longa para as duas técnicas
Nervo Mentual
Características
Ramo do nervo alveolar inferior, recebendo aquele nome quando se exterioriza através do forame mentual.
Trajeto nervoso
Forame mentual → nervo mentual
Abrangência do nervo
- Nervo mentual: lábio inferior, mento, sulco vestibular anterior e gengiva vestibular de 1º a 1º pré inferior.
Tipo de técnica: loco- regional
Descrição da técnica
- Controle da microbiota
- Secar mucosa
- Anestesia loco terminal superficial (tópico)
- Posição posterior da agulha
- Localização do forame entre os dois pré molares
- Introdução da solução anestésica
Tipo de agulha: curta
A anestesia loco terminal infiltrativa é possível na maxila, uma vez que seu osso formador tem característica esponjosa. O objetivo dela é, por difusão da solução pelos tecidos moles e duros, atingir o feixe nervoso que adentra o ápice radicular do respectivo dente superior.
As técnicas serão descritas a seguir:
SUB MUCOSA
Características
Introduz a agulha via submucosa (apenas tecidos moles) até atingir, figurativamente, o ápice radicular.
Tipo de agulha: curta
Descrição da técnica
- Controle da microbiota
- Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
- Anestesia loco terminal superficial (tópico)
- Introdução apenas do bisel, ângulo aproximadamente reto em relação a mucosa)
- Injeção de 3 gotas, suficientes para a formação de uma pápula e de um ponto isquêmico.
- Fricção
- Introdução da seringa, cujo movimento é concomitante ai pressionamento do êmbolo.
SUB PERIÓSTEA
Características
A solução será injetada entre o periósteo e a superfície óssea crivada de orifícios. Em relação a técnica submucosa, a técnica é mais rápida e duradoura.
Tipo de agulha: curta
Descrição da técnica:
- Controle da microbiota
- Secar mucosa (mucina dificulta penetração da solução)
- Anestesia loco terminal superficial (tópico)
- Introdução apenas do bisel na metade da distância entre o festão gengival e o fundo de vestíbulo, de maneira que a agulha fique perpendicular ao osso
- Injeção de 3 gotas, suficientes para a formação de uma pápula e de um ponto isquêmico.
- Fricção
- Introdução da seringa, cujo movimento é concomitante ai pressionamento do êmbolo
- Depois, angulação da agulha paralela em relação ao periósteo, de maneira que possa atravessá-lo.
Conteúdo retirado do Compêndio 2011 – Amanda Mushashe
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FEHRENBACH, Margaret J. HERRING, Susan W. Anatomia ilustrada da Cabeça e do Pescoço. 1ª Ed. São Paulo: Manole, 1998.