Você já deve ter se perguntado como a Odontologia Hospitalar funciona, para que serve ou qual seu foco de ação, não é mesmo?
A saúde tem evoluído e se integrado cada vez mais, tornando imprescindível a presença do dentista no hospital em cuidados específicos.
Esse post vai esclarecer suas dúvidas e quem sabe despertar em você uma paixão na área da odontologia que só tem crescido e ganhando mais espaço.
A odontologia hospitalar tem como objetivo cuidar das alterações do aparelho
estomatognático dos pacientes internados em ambiente hospitalar. Sabe-se que tais
alterações podem causar problemas sistêmicos ou ainda resultar no uso excessivo de
alguns medicamentos. Ao atuar de forma integrada, além de melhorar a qualidade de
vida do paciente, diminui o tempo de recuperação e de permanência dele no leito, bem
como possibilita disponibilizar maior número de leitos, em especial os de UTI, para a
população e reduzir de maneira significativa os custos hospitalares.
Além disso, a odontologia, ao atuar na equipe multiprofissional, permite melhor
desempenho do grupo na assistência ao paciente, dividindo a responsabilidade e
aliviando o estresse. Dentre as competências do cirurgião-dentista no âmbito hospitalar
estão:
- Avaliação e diagnóstico das infecções da cavidade bucal;
- Diagnóstico e tratamento das condições bucais que possam colaborar
para a manutenção ou piora de desordens sistêmicas graves; - Higiene bucal com e sem o uso de antissépticos, a fim de reduzir o
número de microorganismos patógenos e prevenir infecções
respiratórias; - Raspagem e alisamento radicular, visando o controle e tratamento de
problemas periodontais; - Exodontias de dentes condenados, para reduzir foco de infecção;
- Remoção de fatores de retenção de biofilme, sejam eles cáries extensas,
cálculo dentário, próteses mal higienizadas, aparelhos ortodônticos e etc.
A prática odontológica em hospitais teve seu primeiro modelo estruturado em
1901, na Filadélfia (BARROS, 2014). No Brasil, foi instituído pelo Senado Federal o
projeto de lei nº2776/2008, de 29 de maio de 2013 que torna obrigatória a prestação de assistência odontológica a pacientes em regime de internação hospitalar, aos portadores de doença crônica e aos atendimentos em modalidade “home care”. Esta ementa foi aprovada pelo Plenário no dia 20 de abril de 2019 e alcança os hospitais públicos e privados de médio ou grande porte do país.
O tratamento dos pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é
extremamente desafiador, visto a condição de debilidade principal do paciente,
associado a doenças secundárias que podem influenciar negativamente no tratamento.
Para tanto, oferecer atenção especializada a saúde integral do indivíduo, deve ser uma
prática constante de toda a equipe multidisciplinar envolvida.
REFERÊNCIAS:
BARROS M. Odontologia Hospitalar: Revisão de literatura, 2014
MORAIS TM; SILVA A. Fundamentos da odontologia em ambiente
hospitalar/UTI. Elsevier Editora Ltda. 2015.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/112975
Link da imagem: http://mundoalergico.com.br/2016/08/10/alergia-ao-latex-uma-substancia-util-porem-substituivel/
Autor: Dra. Katheleen Miranda, Cirurgiã Bucomaxilofacial, Universidade Positivo
Excelente artigo. Amei, agora irei acompanhar mais sua página.