Segundo Branemark, osseointegração é a união anatômica e funcional de um implante no tecido ósseo, sem interposição de tecido mole e de forma que esse implante possa suportar carga funcional, ou seja, carga com mastigação efetiva. O processo de osseointegração é dinâmico e envolve vários mecanismos biológicos, o entendimento desses mecanismos e do papel da superfície dos implantes nesse processo, auxiliará o clínico de diversas maneiras.

Como os implantes são inseridos no tecido ósseo, uma das abordagens para explicar o fenômeno da osseointegração considera esse processo como sendo parte do mecanismo relacionado à reparação de injúrias ósseas.

Tanto osseointegração como manutenção do implante exigem o recrutamento de células precursoras de osteoblastos. Nesse sentido, ancoragem, fixação, adesão,
espalhamento, proliferação e diferenciação de osteoblastos secretores produzem uma
matriz calcificada na superfície do implante.

Fases da osseointegração:

1. Fase do modelamento;
2. Fase do remodelamento;
3. Fase de adaptação do tecido ósseo para receber carga.

Fatores importantes a serem controlados para osseointegração dos implantes

Desde a escolha do implante ideal para o caso, o cirurgião deve levar em consideração todas as informações abaixo para atingir a osseointegração.

Fatores a serem observados

Estabilidade primária

A estabilidade primária pode ser definida como sendo a fixação primária obtida no momento de inserção do implante no leito ósseo. A estabilidade primária adequada de um implante é importante para o sucesso da osseointegração e determinação de protocolos de carregamento protético. A qualidade, densidade e volume ósseo são alguns dos fatores que influenciam. O design do implante favorece nesse quesito.

Por outro lado, a estabilidade secundária é caracterizada pela fixação obtida durante o processo de cicatrização e remodelação óssea na interface osso-implante devido ao processo de regeneração sofrido e que se encontra também na dependência da estabilidade primária. O tratamento de superfície é importante nessa situação.

É consenso o papel essencial da estabilidade primária na osseointegração e no trabalho do implante em função. O grau de estabilidade primária pode também servir como orientação para tomada de decisão quanto à escolha do protocolo de tratamento em relação à carga imediata, carga precoce ou carga tardia. Assim, os torques de inserção do implante devem estar contidos numa faixa que garantam a estabilidade primária e por outro lado não causem dano ao osso cortical que poderá afetar a estabilidade do implante em função.

O índice de sucesso em implantes, com uma adequada estabilidade inicial, é consideravelmente maior do que implantes sem estabilidade inicial. Vale ressaltar que a estabilidade inicial é essencialmente um fator de influência no processo de osseointegração.

Referências

Carl E. Misch, Contemporary Implants Dentistry, 2 edição.

http://revodonto.bvsalud.org/pdf/apcd/v70n2/a11v70n2.pdf
http://www.ilapeo.com.br/biblioteca/monografias/60/a-influencia-do-tabagismo-na-osseointegracao-estudo-retrospectivo-de-274-pacientes-tratados-com-implantes-osseointegrados/
http://www.ilapeo.com.br/img/materiaismd/pt/Fabricio_Bovo.pdf
http://apcdaracatuba.com.br/revista/v32n12011/TRABALHO4.pdf
https://peclab.com.br/wp-content/uploads/2017/03/FIQSABENDESTABILIDADE1%C2%AAPDF-1.pdf
https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/bitstream/handle/set/
https://peclab.com.br/wp-content/uploads/2017/03/FIQSABENDESTABILIDADE1%C2%AAPDF-1.pdf

 

 

Deixe uma resposta:

Digite seu comentário
Digite seu nome