Os pinos utilizados na odontologia, sejam metálicos ou de fibra de vidro, são estruturas que respaldam no quesito retenção das restaurações. São alternativas bastante utilizadas pelos cirurgiões-dentistas e desse maneira, as inúmeras pesquisas da área desenvolvem pinos de diversos materiais. Selecionamos 2 para comparar, mostrando suas aplicabilidades clínicas, indicações e contra-indicações.
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Pinos Metálicos
São estruturas pré-fabricadas ou customizadas, que são cimentadas em dentes tratados endodonticamente, com a finalidade de aumentar a retenção das restaurações.
O pino quanto mais justaposto e encaixado, terá uma maior estabilidade.
Os pinos metálicos tem um alto módulo de elasticidade = + rígidos
Indicações:
- Dentes tratados endodonticamente, com perda significativa da estrutura coronária (superior a 50%) e estruturas nobres, como cristas marginais e teto da câmara pulpar. A perda dessas estruturas acarreta em um aumento da deflexão das cúspides e estruturas coronárias remanescentes levando a fratura.
- Os dentes posteriores recebem forças no sentido vertical, dispensando a utilização de pinos intra-radiculares em restaurações adesivas. No entanto quando a perda coronária for muito extensa um pino metálico indireto deve ser indicado, para fornecer retenção a coroas protéticas.
- Por outro lado, nos dentes anteriores as forças incidem obliquas e horizontalmente. O pino intra-radicular dissipa forças ao longo da porção coronária e raiz, prevenindo a fratura.
- Em dentes responsáveis pela guia de desoclusão como os caninos, os pinos são recomendados. Pacientes com hábitos parafuncionais tendem a fazer muita força de cisalhamento o que contribui para a indicação do pino para dissipar o estresse.
Contra-indicações:
- Canais dilacerados comprometem a inserção do pino em profundidade adequada.
- Canais muito dilatados que apresentam pouca dentina nas paredes radiculares exigem u uso de resina para reforçar as paredes previamente a instalação do pino intra-canal.
- Número de etapas clínicas para aplicação do sistema adesivo (ácido, primer e adesivo)
Pinos diretos:
O pino intra-radicular metálico fundido é confeccionado de forma indireta em relação ao formato do canal radicular, que ocasiona uma série de limitações: procedimentos de moldagem, confecção intra canal no provisório, etapas laboratoriais, remoção do cimento provisório e cimentação do pino definitivo. Eles são passíveis de corrosão, escuros, não estéticos, muito rígidos e por conta dessa rigidez transmite muita tensão ao dente, não reforçam a estrutura radicular por não se unirem a estrutura dental, apresentam muita rigidez superior ao dente transmitindo maior tensão a porção radicular quando se submetem as forcas externas, requerem um desgaste adicional do canal radicular.
Pinos indiretos:
Durante as etapas de confecção do pino indireto ocorre a exposição da obturação endodôntica a saliva, estabelecendo contato bacteriano. Por conta dessas alterações os pinos indiretos são indicados quando há necessidade de modificar a inclinação coronária do núcleo, e conseguir um paralelismo favorável na reabilitação protética. Os pinos indiretos são preferencialmente indicados em dentes que serão pilares de prótese fixa, enquanto os diretos em dentes que irão receber restaurações unitárias.
Pinos de Fibra Pré-fabricados
Esses sistemas podem reduzir a incidência de fraturas da raiz se comparado aos pinos pré-fabricados metálicos ou metálicos convencionais. Os sistemas de fibra são cimentados com sistemas adesivos, sendo de preferência os adesivos duais ou quimicamente ativados.
Vantagem:
- Aumenta resistência radicular
- Módulo de elasticidade: similar ao da dentina, apresentando maior resistência à fadiga. Diferente dos pinos metálicos, que podem gerar áreas de concentração de tensões, podendo ocasionar, como consequência, trincas e fraturas na estrutura dentária.
- Menor tensão sobre a estrutura radicular
- Menor risco de fratura radicular
Desvantagem:
- Maior risco de infiltração marginal na interface dente-restauração
Preparo do conduto: menor necessidade de desgaste dentinário, resultando em maior remanescente radicular e maior resistência.
Estética: as fibras de vidro possuem como base sílica, cálcio, boro, sódio e alumínio, junto com as fibras de polietileno, são os pinos mais estéticos.
Dentes endodonticamente tratados e restaurados com este tipo de pino apresentam padrão mais favorável de fratura, caso elas ocorram.
Fratura radicular: A fratura radicular de dentes restaurados com fibra de vidro é menor, se comparado aos restaurados com pinos cerâmicos e metálicos fundidos, devido à melhor distribuição de forças neste sistema.
Pinos de fibras são divididos em:
- Fibras de Carbono (resiliente)
- Fibras de vidro (estético)
- Quartzo
- Zircônia