Nesse post você poderá comparar as diferenças na proteção do complexo dentino-pulpar, visto que os protocolos em restaurações em resina e com amálgama são diferentes, bem como as questões de profundidade do dente envolvido.
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As cavidades, de acordo com a sua profundidade, podem ser classificadas em:
- Rasas: até 1mm além da JAD
- Médias: compromete ½ da espessura dentinária.
- Profundas: mais da ½ da dentina. Nestes casos já se considera micro-exposições pulpares, não detectáveis clinicamente.
Amálgama
Cavidade | Limpeza | Forrador | Base | Vedamento |
Rasa | Clorex. 2% | XXXXXXX | XXXXXXXXX | Verniz |
Média | Clorex. 2% | XXXXXXX | CIV | Verniz |
Profunda | Clorex. 2% | Ca (OH)2 | CIV | Verniz |
Observações:
- A clorexidina 2% deixa as fibras dispostas para receber o adesivo.
- A utilização do CIV demanda a utilização de ácido poliacrílico
Resina
Cavidade | Limpeza | Forrador | Base | Vedamento |
Rasa | Ácido fosfórico | XXXXX | XXXX | Sistema Ades. |
Média | Clorex. 2% | XXXXX | XXXX | Sistema Ades. |
Profunda | Clorex. 2% | Ca (OH)2 | CIV | Sistema Ades. |
Profunda escler. | Clorex. 2% | XXXX | CIV | Sistema Ades. |
- O uso de clorexidina 2% em cavidades profundas deve-se à proximidade com a polpa.
Tratamento expectante: consiste na não remoção total da cárie devido ao risco de exposição pulpar. Desse modo, remove-se a maior quantidade de tecido cariado possível (com curetas e/ou brocas em baixa rotação). Faz-se a limpeza cavitária com solução de Ca (OH)2. Aplica-se o cimento de hidróxido de cálcio na parede de fundo e sela com uma restauração de CIV. Após um período de espera de 45 a 60 dias, no pretende-se estimular uma reação dentinária de formação de ponte dentinária, verifica-se a remineralização, remove-se o tecido cariado restante, protege o complexo e restaura definitivamente.
Proteção Direta
1) Quando ocorre pequena exposição pulpar durante acabamento do preparo (não há contaminação da polpa por cárie)
- Proteção pulpar direta
- Técnica: bolinha de algodão esterilizada embebida em solução de soro fisiológico sobre a exposição para hemostasia; solução de Ca (OH)2 sobre a exposição; Ca (OH)2 P.A. sobre a exposição; segue técnica de proteção pulpar convencional.
2) Quando ocorre exposição pulpar quando ainda existe tecido cariado na cavidade (há contaminação por cárie)
- Curetagem pulpar
- A polpa apresenta pulpite reversível e a polpa exposta por cárie. A superfície da polpa encontra-se contaminada. A porção contaminada deve ser removida e o remanescente protegido por material biocompatível e estimulador da formação de tecido duro.
- Técnica: remoção de todo o tecido cariado; lavagem cavidade com soro fisiológico; curetagem da porção exposta da polpa com cureta afiada; bolinha de algodão esterilizada embebida em solução de soro fisiológico sobre a exposição para hemostasia; solução de Ca (OH)2 sobre a exposição; Ca (OH)2 P.A. sobre a exposição; segue técnica de proteção pulpar convencional.
Tratamento Expectante
Indicações:
- Quando não há comprometimento pulpar irreversível
- Possibilidade de exposição pulpar se houver remoção de todo o tecido cariado
Objetivos:
- Anular as agressões provenientes da lesão cariosa;
- Interromper o circuito metabólico proporcionado pelos fluidos bucais às bactérias do tecido cariado;
- Bloquear a infiltração marginal;
- Inativar bactérias por ação bacteriostática ou bactericida;
- Remineralizar dentina descalcificada;
- Hipermineralizar a dentina sadia subjacente;
- Estimular a formação de dentina reparadora.
Técnica:
- Remoção da dentina cariada com brocas em baixa rotação e curetas, principalmente nas paredes circundantes;
- Lavar a cavidade com solução de hidróxido de cálcio;
- Aplicar camada de cimento de hidróxido de cálcio;
- Restaurar a cavidade com cimento de ionômero de vidro restaurador ou cimento de óxido de zinco e eugenol;
- Aguardar 45 a 90 dias;
- Radiografia periapical (verificar periápice e formação de barreira dentinária mineralizada)
- Teste de vitalidade pulpar (frio)
- Dentro da normalidade remove-se o material provisório e o remanescente cariado e faz-se a restauração definitiva indicada.
nao se faz mais a fixação com tricresolformalina na embocadura dos canais:::
Valeu pela dica 😉
Acho que em cavidades profundas não se usa clorexidina 2% para limpeza porque este produto é irritante pulpar. As professoras de Materiais e Dentística recomendam usar solucão de Ca (OH)2 na limpeza de cavidades profundas e detersivo em cavidades médias e rasas.
so em caso de exposição pulpar que nao demos utilizar a solução de clorexidina a 2%.
não esquecer de NUNCA ressecar a cavidade no momento da aplicação da base,o ressecamento leva a contração dos nervos nos canalículos e consequente dor pós-operatória.Leve jato de ar e desumidificação com papel esteril absorvente ou algodão é ideal.
Parabéns por compartilhar as informações através desse Blog. Temos um post interessante sobre a EXPOSIÇÃO PULPAR E ZONAS DE RISCO que podem complementar algumas informações para os seus leitores. Segue o link: https://leomunizodonto.com.br/exposicao-pulpar-e-zonas-de-risco/
Abraço