Esse protocolo de abertura coronária contempla os dentes: incisivos, caninos, pré-molar inferior e pré-molar superior. Para um melhor planejamento, separamos por algumas etapas:
Ponto de eleição: É o ponto onde iniciamos a abertura, sendo especifico para cada grupo dental.
1. Marcar o ponto de eleição, conforme grupo dental, com caneta.
2. Selecionar ponta diamantada de alta rotação 1012HL ou 1014HL, conforme tamanho da coroa.
3. Acionar e penetrar com a broca em esmalte até atingir a dentina.
Importante: Utilizar bastante água e Pontas diamantadas de haste longa (HL)
Direção de trepação: É uma linha imaginária que partindo do ponto de eleição, alcançamos a parte mais volumosa da câmara pulpar.
1. Com a mesma broca (1012/1014 HL) utilizada para realizar o ponto de eleição, posicioná-la em direção à porção mais volumosa da câmara pulpar, conforme grupo dental.
- Incisivos e caninos: longo eixo da broca perpendicular à face palatina; ou, angulação de 45° do longo eixo da broca em relação ao longo eixo do dente.
- Pré-molares: longo eixo da broca paralelo ao longo eixo do dente.
2. Acionar e penetrar co a broca até atingir a câmara pulpar (sensação de “queda no vazio”).
Importante: Utilizar bastante água e Pontas diamantadas de haste longa (HL)
Forma de contorno: É a projeção do teto da câmara pulpar em forma e volume. Determina o contorno final da abertura.
1. Desenhar com caneta e forma de contorno
- Incisivos: triangular com base do triângulo voltada para incisal.
- Caninos: losangular.
- Pré-molares: ovalada, com maior diâmetro no sentido Vestíbulo-lingual.
2. Utilizar pontas diamantadas 3080 ou 3082, conforme tamanho da coroa dental.
3. Seguir o desenho da forma de contorno utilizando a parte lateral cortante da broca.
Atenção: As pontas 3080 e 3082 possuem ponta inativa, ou seja, as pontas não devem tocar as paredes dentinárias, pois não possuem ação cortante.
Sonda exploradora: Para a verificação de remanescentes do teto da câmara pulpar utilizamos a sonda exploradora número 5, e para a localização dos orifícios de entrada dos canais utilizamos a sonda modificada.
Importante: Não encostar/desgastar com a ponta diamantada na incisal dos dentes anteriores e na cúspide dos pré-molares.
Forma de conveniência ou desgaste compensatório: Tem como objetivo eliminar qualquer interferência que venha impedir que os instrumentos endodônticos atuem em todas as paredes do canal radicular.
1. Ombro palatino: é representada pela projeção da dentina da parede lingual/palatina na entrada do canal radicular. Deve ser removido com a utilização de pontas diamantadas 3080 ou 3082 ou Endoz ou Brocas de Batt. Em movimentos de tração e lateralidade (pêndulo).
2. Teto da câmara pulpar: remover todo remanescente de teto da câmara pulpar com brocas esféricas n°4 de alta ou baixa rotação até que a ponta da sonda exploradora não enrosque mais.
Importante: Os cornos pulpares proeminentes, nos pré-molares superiores, poderão ser confundidos pelo operador com a entrada dos canais radiculares.
Tratamento das paredes de esmalte: É a remoção dos prismas de esmalte sem suporte.
Utilizar com cuidado: pontas diamantadas 3080 ou 3082 ou EndoZ/Batt.
Limpeza da câmara pulpar
Completada a abertura coronária, promovemos o esvaziamento da câmara pulpar fazendo o uso de curetas com tamanho adequado.
Em dentes polpados (pulpectomia) devemos utilizar uma irrigação com água oxigenada a 10 volumes, associado ou não ao hipoclorito de sódio a 1%, eliminando desta forma o sangue desta área e evitando escurecimentos posteriores, já em dentes despolpados devemos utilizar como liquido irrigador o hipoclorito de sódio a 1%.
Localização e preparo dos orifícios de entrada de canais
A câmara pulpar limpa é uma condição ideal para realizarmos a localização e preparo das entradas dos canais. Devemos fazer uso de uma sonda exploradora modificada, deslizando-a pelas paredes ou assoalho da câmara, e ela localizará a entrada dos canais.
Artigo excelente, muito obrigado
Só faltou mesmo os molares