As Disfunções Temporomandibulares (DTM) são alterações funcionais, que comprometem a função mastigatória, a deglutição e a fala e que podem se apresentar na forma de varias alterações. Exemplo: você tem dor durante a abertura e fechamento da boca; você tem dificuldades na mastigação de determinados alimentos; você escuta barulhos de estalar na hora de abrir a boca. Essas alterações da função mandibular podem estar associadas a presença de dor. A dor durante a mastigação é um sintoma clássico de DTM, bem como a limitação de abertura da boca.
A DTM, que é multifatorial, pode ter etiologia emocional, traumática, por hiperatividade muscular, maloclusão, e estar associada a inúmeras outras causas. Tendo isso, as inúmeras terapias para a redução dos sintomas dessas disfunções são apresentadas e devem ser embasadas na etiologia previamente encontrada.
Terapia para tensões emocionais
- Conscientização do paciente;
- Terapia voluntária;
- Terapia de relaxamento.
Conscientização do paciente
- Por que dói?
- Por que estala?
- O que é um hábito?
- Como ele ficou assim?
- O que pode ser feito?
- Tem cura?
- Como pode ser feito?
- Como o paciente pode colaborar?
- Quanto custa?
Terapia voluntária
O paciente já orientado deverá procurar evitar o que possa levá-lo a ter aumentado sua tensão emocional.
Terapia de relaxamento
Substantivo – o paciente é motivado a substituir a TE por mais lazer, exercícios, etc.
Ativo – o paciente é orientado e treinado a relaxar o músculo afetado.
Considerações importantes
- Dificuldade de mediar o nível de TE;
- Na certeza, fazer encaminhamento;
- Reação positiva do paciente.
Terapia de suporte
- São utilizados para diminuir ou eliminar os sintomas;
- Não se relacionam e nem tem efeito sobre a causa;
- Não tem indicação como formas de tratamento a longo prazo.
Terapia farmacológica
- Prescrever drogas para uso se necessário;
- Lembrar que certas drogas causam dependência;
- Entender o mecanismo da ação “rebote” de certas drogas.
Medicamentos mais usados
- Analgésicos;
- AINES/anti-inflamatórios;
- Corticosteróides;
- Relaxantes musculares;
- Antidepressivos tricíclicos (sem vasoconstritor);
- Anestésicos locais.
Terapias
1. Termoterapia – emprego do calor.
De 15 a 20′ min de calor úmido sobre a área sistomática;
2. Terapia de esfriamento – emprego do frio.
- Gelo no local por 5 a 7′ sobre a área sintomática;
- Spray de cloreto de etila aplicada no sentido das fibras musculares sintomáticas por 5”.
3. Excitação elétrica transcutânea – emprego do IENS.
Até 30′ de aplicação sobre a área sintomática.
4. Terapia por microcorrente.
Até 45′ de aplicação sobre a área sistomática.
5. Acupuntura.
Aplicação de agulhas em pontos específicos.
Técnicas manuais
1. Mobilização suave de tecido
- Massagem superficial;
- Massagem profunda.
2. Condicionamento muscular.
- Restrição do uso;
- Terapia de relaxamento;
- Alongamento passivo;
- Alongamento assistido;
- Exercícios de resistência;
- Exercícios de apertamento;
- Exercícios posturais.
3. Distração passiva.
Contribuição: Leonardo Martins Sant’Anna